domingo, 30 de setembro de 2007

Educação Sexual nas Escolas


O Grupo de Trabalho de Educação para a Saúde apresentou o relatório final e propõe um programa mínimo e obrigatório de Educação Sexual para todos os estudantes, consoante o ciclo de escolaridade.A Educação para a Saúde deverá apresentar-se como uma área de carácter obrigatório, desde o 2.º ciclo até à conclusão do secundário – através da revitalização dos conteúdos curriculares das várias disciplinas e da inclusão destas temáticas nas áreas curriculares não disciplinares – com avaliação obrigatória da aprendizagem. No ensino secundário recomenda-se agora que nos 10.º, 11.º e 12.º anos sejam aproveitados os espaços lectivos de Educação Física para abordar os temas de Educação para a Saúde, tornando-se necessário mobilizar os docentes de Educação Física para esta nova actividade e dotá-los de formação específica, caso não a possuam. Particularmente, no ensino secundário só existe Área de Projecto no 12.º ano propondo-se, por isso, a utilização desse espaço para a dinamização de projectos de Educação para a Saúde, bem como a revitalização de currículos de algumas disciplinas onde possam surgir contextos propícios à discussão de temas relacionados (Biologia, Português, Filosofia, Sociologia).
Em relatórios anteriores deste Grupo de Trabalho presidido por Daniel Sampaio sugeriu-se a criação de Gabinetes de Apoio ao aluno, já existentes em muitas escolas, ao nível do ensino secundário, com o objectivo de criar um espaço de privacidade onde o aluno possa ser ouvido, encontrar algumas respostas, receber informação disponível e, em caso de necessidade, ser encaminhado para um apoio fora da escola.Prevê-se agora a constituição destes gabinetes através da permanência de um professor da escola ou do agrupamento em regime rotativo, psicólogo ou assistente social, caso a escola disponha destes técnicos, bem como apoio da estrutura local do Instituto de Apoio à Juventude.Subcomissão para avaliação de manuais. Esta subcomissão concluiu que, tendo em conta a totalidade dos materiais apreciados, a maioria dos itens analisados (correspondentes a cerca de 85 por cento do total das classificações atribuídas) obteve a classificação de “bom”. Consulte os documentos em: Relatório Final Relatório de Avaliação de Manuais.
Confederação Nacional de Associações de Pais


domingo, 23 de setembro de 2007

O consumo de alcool no ensino secundario e superior


Na minha opinião e por vários razões ainda negligenciamos e ignoramos os malefícios e as consequências adversas, do consumo de álcool, sobretudo nos mais jovens. Todos sem excepção, escolas, universidades, comunidades e famílias deveríamos preocupar com o consumo de bebidas alcoólicas por jovens com idade inferior aos 21 anos. Os hábitos de consumo diferem sensivelmente entre homens e mulheres, mas os homens consomem mais. No entanto, a idade de início do consumo é cada vez mais prematura e assiste-se ao aumento do consumo nos jovens. È importante efectuar uma detecção precoce em jovens que se encontram mais vulneráveis a este flagelo e apoia-los nas suas decisões e desafios da vida.

Em Portugal, os acidentes de viação são a principal causa de morte em crianças, adolescentes e adultos jovens com idades até aos 25 anos de idade. Segundo um estudo, estima-se que um quarto das mortes dos europeus, principalmente do sexo masculino, com idades entre os 15 e os 29 são atribuídos às consequências adversas do consumo do álcool. A mortalidade dos jovens do sexo masculino é três vezes mais elevada do que a do sexo feminino, em grande parte devido a acidentes.

A condução sob o efeito do álcool é uma verdadeira epidemia. De uma forma geral, na UE, a média de indivíduos que conduzem com Taxa de Álcool no Sangue (TAS) acima dos limites legais ronda os 3%, enquanto esta percentagem se eleva para 25% quando se considera os condutores envolvidos em acidentes de viação fatais.

Lembro-me da altura da “queima-das-fitas” e/ou festas estudantis onde estes eventos são um pretexto para se “apanharem” grandes intoxicações alcoólicas. Fazendo o balanço deste tipo de eventos quais são os prós e os contra? Se nos debruçar-mos sobre os contra verificamos por ex. jovens intoxicados são assistidos nos hospitais, quantos acidentes de viação ocorrem nesses dias em que os condutores são estudantes e se encontram sob o efeito do álcool, os comportamento de risco associados ao sexo sem protecção onde correm o risco de se infectarem com HIV, etc., estes são somente alguns dos factores a ter em conta.

O consumo de álcool contribui mais do que qualquer outro factor de risco para a ocorrência de acidentes domésticos, laborais e de condução, violência, abusos e negligência infantil, conflitos familiares, incapacidade prematura e morte. Quantos destes factores são associados ao estudantes? Relaciona-se com o surgimento e/ou desenvolvimento de numerosos problemas ou patologias agudas e crónicas de carácter físico, psicológico e social, constituindo, por isso, um importante problema de saúde pública.

Alguns comportamentos de risco também estão associados aos consumos elevados de álcool, tais como: sexo sem protecção, gravidez não planeada e ou desejada e o risco de contagio de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV. Encontra-se também associado o baixo rendimento escolar, absentismo escolar e altos níveis de abandono escolar.

Foi desenvolvido por investigadores da Universidade Autónoma de Lisboa, um trabalho sobre o absentismo escolar em Portugal insere-se no projecto europeu Agis. Assim, o estudo conclui que a maior incidência de hábitos de consumos de substâncias - como tabaco, álcool e drogas - ocorre nos alunos absentistas dos segundo e terceiro ciclos de escolaridade, ou seja, quando em média têm entre 10 e 15 anos.

“Em Portugal, os problemas ligados ao consumo de álcool têm registado, nos últimos anos, um agravamento traduzido no aumento do consumo global. Por outro lado, numerosos estudos têm vindo a demonstrar que a iniciação no consumo de álcool ocorre geralmente na adolescência.” Comunicado do Conselho de Ministros de 18 de Outubro de 2001

O cérebro dos jovens ainda se encontra num período de desenvolvimento e maturação. A área do cérebro (neocortex) que se encontra em desenvolvimento é principalmente aquela actua nos capacidade de pensar e antecipar, comportamento consciente e voluntário, tomada de consciência e memória funcional, etc. Estudos referem que o processo de desenvolvimento só se encontra completo aos 20 anos de idade. O álcool perturba o funcionamento normal do sistema nervoso central. A sua acção é a de um anestésico. Esta depressão gradual das actividades nervosas, devida ao álcool, atinge os centros nervosos pela ordem inversa da sua evolução, quer dizer, começando pelos centros que comandam a capacidade de ajuizar, a atenção, a autocrítica, o autodomínio, a locomoção, para terminar naqueles de que depende a vida orgânica. Podemos concluir com base no bom-senso que o álcool e jovens são uma mistura poderosa e profunda (explosiva). Num primeiro estado, o indivíduo, após ter bebido alguns ml de álcool, parece ter comportamento normal, mas observado atentamente, apresenta reflexos cuja rapidez e precisão estão um pouco diminuídos. A alteração dos centros inibidores aparece num segundo estado. O indivíduo experimenta uma sensação de bem-estar, de euforia, de excitação, por vezes com uma quebra variável do controle que normalmente exerce sobre as suas palavras, sobre a sua coordenação muscular e locomotora e sobre as suas emoções. Num terceiro estado acentuam-se estes sintomas, havendo uma imprecisão dos movimentos, descontrole nas frases que diz, no andar, na audição e na visão. Num quarto estado, uma intoxicação mais profunda do sistema nervoso segue-se à embriaguez, após um período em que se agravam os seguintes sintomas: alucinação, excitação motora desordenada, perda da sensibilidade e da consciência. Sobrevem um sono com perturbações da respiração e da circulação, seguida de coma alcoólico que pode ser mortal. As quantidades de álcool que podem provocar estes estados sucessivos variam de indivíduo para indivíduo.

O consumo de bebidas alcoólicas em Portugal, assume o lugar de problema de saúde pública, uma vez que cerca de 60% da população as consome regularmente. Quantos jovens com idades compreendida entre os 15 e os 21 fazem parte deste percentagem?
Ao longo da minha experiência profissional a maioria dos casos que acompanhei experimentaram o álcool quando eram jovens e mais tarde desenvolveram dependência ao álcool e drogas.

Todos partilhamos (escolas, pais e alunos) uma grande responsabilidade na redução do consumo de bebidas alcoólicas pelos jovens, com idade inferior aos 21 anos, através de implementação de algumas medidas no ambiente escolar:
Limitar o acesso as bebidas alcoólicas. Desenvolver e implementar de uma forma consistente e clara mensagens sensibilizando a redução e a eliminação dos consumos de bebidas alcoólicas nas universidades e escolas bem como nas redondezas. Implementar programas de prevenção nas próprias universidades e escolas

Estratégias a adoptar em Ambiente Escolar
Estas estratégias são técnicas que se centram e condenam o consumo de substancias entre os estudantes nas universidades, escolas e na comunidade. Quando estas estratégias são implementadas com sucesso podem proporcionar alterações no ambiente escolar e na comunidade, que por sua vez, proporcionam mudanças nas atitudes, normas sociais e no consumo de bebidas alcoólicas.

Introdução de Medidas “musculadas”
Criação de regras claras quanto à venda, posse e consumo de álcool nas escolas e universidades. Aplicar de uma forma consistente e pratica penas para aqueles que violem estas medidas sobre o consumo de álcool.
Desenvolver e aplicar restrições à industria do álcool quanto á publicidade sobre o álcool, incluindo outdoors, estações de radio, ou qualquer tipo de mensagens entre os jovens.
Limitar o tipo e a quantidade de mensagens que promovam o consumo de álcool em acontecimentos festivos, tais como “happy hour” ; “bar aberto - as meninas não pagam no bar X” etc.
Restringir o patrocínio de eventos nas universidades, que promovem o consumo de álcool, bem como eventos onde participem pessoal docente e não docente da própria escola.
Restringir todo e qualquer consumo de álcool nas universidades, educando e informando as associações de estudantes e pessoal de segurança, etc que apoiem as medidas definidas pelos estabelecimentos de ensino.

Criação de coligações entre as universidades e a comunidade que supervisione e identifique os consumos de bebidas alcoólicas entre os jovens. Estas coligações devem incluir os seguintes indivíduos ou grupos:
- Empresários e associações de comercio
- Agentes da lei
- Tribunais e juizes
- Câmaras Municipais
- Instituições ligadas à prevenção e tratamento
- Professores e directores de turma
- Associações de Pais

- Reitores e administração das escolas
- Associações de estudante e alunos

Qual a idade aconselhável para consumir álcool?Só a partir do 18 anos é que é aceitável um consumo moderado de álcool sem riscos para a saúde. No entanto, a regulamentação apenas restringe a venda e o consumo a menores de 16 anos ( Decreto-Lei n.º9/2002 de 24 de Janeiro), o que não significa que a partir desta idade os jovens estejam aptos do ponto de vista do seu desenvolvimento físico e psíquico para lidar com a toxicidade do álcool.

Segundo estatísticas da Direcção Geral de Viação, em 2004, os jovens com idades compreendidas entre os 20 e os 29 anos foram os mais afectados pelos acidentes de viação representando 25,3% dos mortos, 25% dos feridos graves e 26% dos feridos leves, e apresentando maior probabilidade de morrer num acidente de viação (18,2 mortos por 100 mil habitantes versus 9,4 nos restantes grupos etários). Na sua maioria as mortes ocorreram de sexta-feira a domingo (51,7%), sendo sábado o dia com maior número de mortes, e no período entre a meia-noite e as seis da manhã, o que corresponde aos períodos de lazer da semana.

O excesso de álcool detectado foi superior nos condutores de veículos de duas rodas, os quais apresentam um maior perigo (especialmente os motociclos), sendo mais elevado durante o período nocturno entre a meia-noite e as oito da manhã (17,6% condutores de veículos ligeiros e 19,7% condutores de veículos de duas rodas).

È urgente melhorar os níveis de vida das crianças e jovens.
Embora saibamos como melhorar os níveis de vida dos jovens e tornar mais atractivas e prosperas as gerações futuras, existe uma discrepância enorme entre aquilo que é necessário fazer e a nossa capacidade (boa vontade) de por em pratica. Significa que por vezes aquilo que dizemos, não é igual aquilo que fazemos pelos nossos jovens. Existe muita hipocrisia. Seria diferente se as crianças tivessem direito a voto?
A implementação de medidas concretas e exequíveis está muito longe dos níveis satisfatórios. Implementar melhorias na área da saúde é um esforço conjunto continuo de vários sectores da nossa sociedade. Os cuidados primários na área da saúde envolvem a educação, a industria, os media, a habitação, etc. Urge a acção nesta matéria. Assistimos impotentes ao total controle da industria do álcool na angariação feroz e desenfreada de novos consumidores, em que o publico alvo são os jovens, e á permissividade das entidades reguladoras.


http://www.idesporto.pt/CONTENT/10/..\..\DATA\DOCS\LEGISLACAO\doc193.pdf

http://www.dgv.pt/uploadedfiles/rel_anual06_v3.pdf

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Alunos Levam Armas para a Escola


A PSP já detectou 50 armas na posse dos alunos, menores de 16 anos, em escolas de todo os país. Na maioria eram facas e navalhas. Mas já foram detectadas armas de fogo

MAIS:
· Agressões e violência nas escolas
Até Abril deste ano a PSP detectou 50 armas na posse de alunos em escolas de todo o país, mais 11,1 por cento do que no ano lectivo anterior. A maior parte das armas encontradas na posse dos jovens com menos de 16 anos são facas e navalhas, no entanto, a polícia também apanhou sete armas de fogo, soube o PortugalDiário junto de fonte policial.
O transporte de armas para a escola não tem sempre o intuito de violência. Alguns casos são apenas para mostrar o objecto perigoso que conseguiram «apanhar». Mas as armas são também o meio mais utilizado para assustar e roubar. Os dados provisórios da PSP contabilizam como crime mais frequente os furtos e roubos junto aos estabelecimentos de ensino.

Casos crónicos de consumo de álcool
Outra das queixas mais frequentes que a PSP recebeu de pais e escolas é sobre o constante consumo de álcool por parte dos alunos perto dos estabelecimentos de ensino. Apesar de a venda de bebidas e tabaco ser proibida a menores de 16 anos a polícia tem já conhecimento de «casos crónicos de consumo». A fiscalização está a ser apertada. Os donos de cafés são os alvos.
No início do ano lectivo o programa «Escola Segura» efectuou várias operações de fiscalização junto de todas as escolas do país. Durante um mês e meio foram detectados 14 casos de venda de tabaco a menores e foram instaurados 22 processos por venda de bebidas alcoólicas a jovens com menos de 16 anos.

À PSP têm chegado relatos de que a situação é preocupante e que a legislação não é, em muitos locais, cumprida. «Há casos de alunos que são detectados esporadicamente alcoolizados, mas há também situações crónicas de consumo», explicou ao Portugal Diário fonte policial. Estes comportamentos são reportados às Comissões de Protecção de Crianças e Jovens em Risco. http://www.cnpcjr.pt/

Os perigos perto das escolas também são muitos. Numa só operação desenvolvida em escolas de todo o país, a polícia prendeu 220 indivíduos por roubo, furto, tráfico ou ameaças. A droga é um dos principais problemas, e só nesta operação a polícia apreendeu 40 doses de cocaína, 52 de heroína, 1498 de haxixe e uma de ecstasy.

Voyeurs perto das escolas
As crianças são alvo dos criminosos e os pedófilos têm nas escolas um dos principais locais de miragem. A PSP registou 49 casos de atentado ao pudor. «A maior parte das ocorrências diz respeito a ofensas entre alunos, no entanto, alguns destes casos reportam a indivíduos que tentam aliciar os menores nas imediações escolares», avançou.
São, na sua maioria, homens e utilizam a oferta de rebuçados e boleias como abordagem ou ficam simplesmente a olhar. A PSP quando detecta estes indivíduos suspeitos procede a identificação e reforça a vigilância.
Nota: Esta reportagem saiu no Jornal Portugal Diario em 01.06.2006

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Algumas Dicas Sobre Como Lidar Com a Ansiedade


Alimento para o Pensamento...”


- Fazer pausas de 10 mtos, a cada 2 horas de trabalho, no máximo. Repetir essas pausas na vida diária, pensa em ti, analisando e avaliando as tuas atitudes.


- Aprende a dizer NÂO sem te sentires culpado ou achar que estas a magoar. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

- Planeia o dia, mas, deixa sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de ti.

- Concentra-te em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os teus pensamentos (cenários mentais) e as tuas intenções, acabarás baralhado e confuso.

- Esquece de uma vez por todas que és imprescindível. No trabalho, em casa, no grupo de amigos. Por mais que isso te desagrade, tudo anda sem a tua actuação, a não ser a tua própria, claro.

- Abre a mão de ser responsável pelo prazer de todos. Não és a “fonte dos desejos”, e/ou o eterno “mestre de cerimonias.”

- Pede ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso em identificar as pessoas certas.

- Diferencia problemas reais dos problemas imaginários e elimina-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

- Tenta descobrir o prazer de factos quotidianos, como dormir, passear, ouvir musica, relaxar, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo que se consegue da vida.

- Evita o envolvimento com a ansiedade e tensão alheias. Espera um pouco e depois retoma o dialogo; põe acção e entrega os resultados.

- A família não és só tu, está junto a ti, compõem o teu mundo, mas não são a tua própria identidade.

- Entende quais os princípios e convicções “rígidas” que podem ser um grande “peso”; “da trave mestra” do movimento (valores) e da busca espiritual.

- È preciso ter sempre alguém em quem se confiar e se consiga falar abertamente, a menos de um raio de 100 km. Não adianta estar mais longe.

- Sabe a hora certa de sair de cena, “retirar-se do palco” e “ deixar a roda andar”, se necessário a gravidade dá uma ajuda. Nunca percas o sentido subtil da importância de uma saída de cena discreta.

- Não queiras saber se falam mal de ti e não te atormentes com esse “lixo mental”; escuta se falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

- Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois é óptimo...para quem quer ficar esgotado e perder o melhor da relação.

- “A rigidez é a obra na pedra”, não no homem. A ele cabe a integridade, que é muito diferente.

- Uma hora de intenso prazer substitui, com folga, 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono, logo não percas a oportunidade de te divertires.

- Não abandones as tuas três grandes e inabaláveis amigas; a intuição, a inocência e a fé.

- Entende de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente “ Tu és aquilo que fazes...”


Coloca em pratica, e com determinação, estas dicas e verás resultados positivos no dia-a-dia.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

"10 Medidas de Prevenção Que Podem Salvar Vidas"


Join Together e os seus parceiros publicaram este trabalho de forma a fornecer algumas respostas quanto aquilo a que muitos se questionam: “ O que é feito actualmente quanto à prevenção e a reduzir os problemas associados ao álcool e/outras drogas?!”
“Este guia contempla dez medidas apresentadas por grupos de profissionais e representantes de varias comunidades. O guia é baseado num trabalho cientifico idóneo e conta com um vasto apoio, em termos, do publico em geral. Foram anunciadas medidas concisas, e convincentes que comprovam a sua eficácia.
Existem diferentes abordagens em prevenir o álcool e/ou outras drogas, em vez de se castigar e punir pessoas que são doentes. Espero que este guia sensibilize a nação quanto a desenvolverem medidas eficazes de prevenção do álcool e/ou outras drogas que possam salvar vidas e devolver a qualidade de vidas às famílias afectadas por este flagelo”
David L. Rosenbloom, Ph.D.
Director, Join Together


Outras organizações que aprovam estas medidas neste guia:
CADCA, NCADD, CSPI, The Marin Institute,
“10 Medidas de Prevenção Que Podem Salvar Vidas Em Relação ao Álcool e/ou Outras Drogas."

"Nos EUA, em 2002, os jovens foram mais sujeitos á publicidade sobre o consumo de bebidas alcoólicas comparativamente aos adultos especialmente em revistas.
Na EUA, 90% dos seus habitantes preocupa-se com os padrões actuais de consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens.

Os jovens que vivem nos estados que adoptaram a lei (graduate driver´s licence) conduzem, menos vezes, sob o efeito do álcool, do que aqueles que vivem estados que não escolheram esta lei.
http://www.dps.state.mn.us/dvs/DriverLicense/Graduated%20DL/grad_license.htm

Prevenir o Consumo de Álcool Entre Os Jovens.
1. Aumento nos custos de bebidas alcoólicas através de taxas, particularmente na cerveja. Os jovens consomem 20% das bebidas alcoólicas, no caso da cerveja, consumido nos EUA. Contudo, os jovens consomem menos cerveja se for mais cara. Nas idades, compreendidas entre os 15 e os 20 anos, os factores mais preocupantes relacionados os consumos de álcool, surgem os acidentes de viação, a causa numero um de morte entre os jovens, depois as lutas e as tentativas de suicídio. O objectivo em subir estas taxas nos custos da cerveja contempla a intenção em deter o consumo excessivo. Contudo, na realidade, estas taxas não acompanham os níveis de inflação e actualmente o preço da cerveja tem descido nos últimos 30 anos.

2. Restringir a publicidade e/as actividades promocionais, relacionadas com o álcool, em que o publico-alvo (target) sejam os jovens. Tal como a industria do tabaco, a industria do álcool apresentam o mesmo publico-alvo (target) – os jovens. Uma exposição prolongada à publicidade e actividades promocionais, de bebidas alcoólicas, aumentam a probabilidade de consumo entre os jovens. Tal como as crianças que assistem a estes anúncios também apresentam probabilidade significativas em consumir álcool. O publico em geral, reconhece estes factos e deseja impor limites e regras na publicidade às bebidas alcoólicas – um estudo efectuado em 2000, revela que mais de 60% dos Americanos apoia a redução dos anúncios na televisão, em placard / “outdoor” e/ou eventos desportivos.

3. Adopção de leis que previnam mortes e acidentes de viação entre os jovens. Implementar leis “Graduated Drivers License”, restrições em contextos de divertimento publico, por parte dos jovens, tais como; actividades supervisionais por agentes da autoridade (informação e educação), ex. utilização de aparelhos de detecção de níveis de álcool que infringem a lei e medidas semelhantes que alterem o contexto onde ocorre os consumos de álcool. Estas abordagens entre os jovens dos 15 aos 20 anos de idade revelaram que os níveis de acidentes fatais diminuíram.

Tratamento da Adicção
4.
Estipular e implementar a garantia do tratamento de pessoas com problemas de abuso de álcool e/ou outras drogas nas apólices de Seguro. Na maioria dos casos, estas apólices de seguros não cobrem o tratamento do alcoolismo e/ou outras drogas, assim como, os respectivos custos anuais destes planos de seguro de saúde são demasiado elevados, impossibilitando o acesso às famílias mais desfavorecidas. Os potenciais consumidores problemáticos não recebem a ajuda, na altura apropriada, de forma a evitar problemas de saúde e/ou sociais mais graves, recorrendo, mais tarde ao serviço publico, sobrecarregando os respectivos orçamentos do estado. Numerosos estudos revelam que o tratamento do alcoolismo e ou outras drogas é um investimento viável; uma medida de poupança nos recursos financeiros do estado e dos privados. O aumento no impacto total nos prémios nas seguradoras é menor do que 1%.

5. Apoiar o desenvolvimento e a pesquisa da medicação mais eficaz para o tratamento da adicção. A medicação existente, tal como; a buprenorphine, metadona, naltrexone e acamprosate são efectivamente um recurso no tratamento da adicção. Contudo, existem alguns obstáculos á sua divulgação e distribuição, por ex. companhias de seguros não cobrem os custos desta medicação e a criação de leis que limitam e proíbem abertura de novas clínicas que promovam este tipo de tratamento. A medicação é uma parte importante do tratamento, especialmente quando combinado com o aconselhamento, apoio social e o pós-tratamento.

6. Criação de clínicas/gabinetes de avaliação e diagnóstico a pessoas com problemas relacionados com o consumo de álcool e ou outras drogas, por ex. nas urgências dos hospitais e centros de saúde. Avaliar e diagnosticar pessoas com problemas de álcool e outras drogas, bem como, a comportamentos de risco fazendo o respectivo aconselhamento, e se necessário efectuar o encaminhamento para tratamento. Estas medidas são extremamente eficientes na redução de problemas com o álcool e outras drogas. Todavia, existem leis que permitem às seguradoras recusarem o pagamento dessas consultas, mesmo em casos onde o medico assistente identifique problemas associados ao consumo de álcool, em mais de 30 estados dos EUA . Além disso, os médicos não são pagos para efectuarem avaliações, diagnósticos e o respectivo aconselhamento da mesma forma que o fazem para outro tipo diferente de problemas ou doenças, tais como diabetes e a depressão, mesmo sabendo da existência de um potencial problema de álcool, todavia, escolhem não fazer o devido acompanhamento.

7. Proporcionar maiores apoios financeiros a aquelas instituições que obtêm melhores resultados nos tratamentos. O sistema de tratamento publico e privado deverá ser revisto e avaliado, assim como, os respectivos apoios financeiros, tendo em conta, os resultados a longo-termo com vista a melhorar a qualidade do sistema no tratamento. Aquelas instituições que obtêm melhores resultados devem receber mais apoios financeiros; aquelas instituições que não obtêm melhores resultados não receberão quaisquer apoios. Os legisladores devem trabalhar em conjunto com as instituições de forma a identificar e a monitorizar os resultados.

Prevenção e Redução de Actividades Ligadas ao Crime
8. Estipular um programa de tratamento eficaz e continuado, sujeito a supervisão, em programas de pós-tratamento, para indivíduos prevaricadores e condenados por crimes não-violentos, relacionados com álcool e/ou outras drogas. Mais do que metade dos indivíduos, envolvidos no sistema criminal, que completam programas de tratamento e de pós-tratamento não voltam a cometer novos crimes. A maioria dos prisioneiros que são obrigados a cumprir penas, mas que não frequentam programas de tratamento voltam a reincidir em novos crimes e recaem nas suas adicções após serem libertados das prisões. Aqueles Indivíduos que Conduzem Sob a Influencia do Álcool, condenados a uma pena também necessitam de tratamento e de acompanhamento no pós-tratamento, mesmo tendo sido só aplicada uma única condenação pelo tribunal.

9. Revogar medidas que impeçam os ex. condenados em se inserirem numa participação activa na sociedade. È extremamente injusto, para um indivíduo, ser punido repetidamente pela mesma ofensa e/ou crime. Na realidade, é aquilo que acontece com aqueles que apresentam crimes relacionados com álcool e/ou outras drogas. Leis federais e de estado de apoio aos estudantes impõem proibições demasiado prolongadas, na assistência na gestão dos recursos financeiros, tickets de alimentação, subsídios e alguns empregos. Estes restrições não são medidas preventivas quanto aos consumos de substancias, são impeditivas de recuperação da adicção.

10. Desenvolver apoios e incentivos ao trabalho comunitário. Aquelas comunidades que apresentam estratégias, cujo objectivos são reduzir o álcool e/ou outras drogas demonstram nos seus relatórios níveis significativos de participação dos seus cidadãos , políticas publicas mais eficientes na promoção da mudança de atitudes e comportamentos, melhores acessos a tratamento e o aumento nos recursos financeiros. Coligações entre parceiros que promovam o apoio sustentado na comunidade desenvolvem melhores programas na redução do consumo de substancias a nível local.

Comentário: Gostaria de deixar um pequeno comentário em relação a este guia. Em 2000, estive nos EUA a fazer um estagio profissional que me proporcionou uma experiência "in loco" maravilhosa nesta área. A minha intenção é salientar a importância da criação de sinergias em estudos científicos e idoneos (entre profissionais e os representantes das comunidades) neste assunto tão delicado e actual. Todos em conjunto tomam parte activa neste processo porque existe um objectivo comum - encontrar soluções para pessoas que sofrem de uma doença que ultrapassa o conhecimento e a experiencia empírica. Depois não se pode comparar e realidade portuguesa à realidade americana, contudo acredito que podemos sempre aprender, ser humildes, com a experiência de países que investem milhões de dólares na prevenção e tratamento do álcool e/ou outras drogas. Andam uns anos à nossa frente...

Há umas semanas atrás assisti, a uma reportagem no telejornal de uma estação privada de TV sobre os eventuais prejuízos que as cervejeiras estão a atravessar por causa da ausência do calor durante o verão. Surpreendido, exclamei, "Quais serão os reais interesses por detrás desta reportagem, que ainda durou uns longos minutos?" Pessoalmente, acho que foi publicidade. Gostaria também de criticar seriamente a publicidade a bebidas alcoólicas nos eventos desportivos e espectáculos musicais. Quais as instituições que regularizam as leis neste sector? Quais as estratégias dos lobbies da industria do álcool, na nossa sociedade, e quem mede as consequências? Como profissional e pai, acredito, que a vida de um jovem é demasiado preciosa e não aceito que outros valores (financeiros) se sobreponham e justifiquem os seus fins.

Acredito que todos precisamos de estar atentos a preocuparmo-nos com os nosso jovens e não fechar os olhos. Recordo-me desta expressão "É tão fácil ser um idiota..."


Referencias:
1. Institute of Medicine. Reducing Underage Drinking: A Collective Responsibility. National Academies Press, 2003.
2. Center for Science in the Public Interest. Factbook on State Beer Taxes. July 2004.
3. Chaloupka FJ, Grossman M, and Saffer H. “The effects of price on alcohol consumption and alcohol-related
problems.” Alcohol Research and Health 26(1): 22-34, 2002.
4. American Medical Association. “Americans overwhelmingly support increase in state alcohol taxes.” May 4, 2004.
5. Center on Alcohol Marketing and Youth. Youth Exposure to Alcohol Ads on Television, 2002. April 21, 2004.
6. Snyder LB. “A national study of the effects of alcohol advertising on youth drinking over time.” Presentation to the
Research Society on Alcoholism, June 27, 2004.
7. Wagenaar AC, Harwood EM, Toomey TL, Denk CE, and Zander KM. “Public opinion on alcohol policies in the United
States: results from a national survey.” J Public Health Policy 21(3): 303-327, 2000.
8. Jernigan DH, Ostroff J, Ross C, and O’Hara JA. “Sex differences in adolescent exposure to alcohol advertising in
magazines.” Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine 158(7): 629-634, 2004.
9. Substance Abuse and Mental Health Services Administration. Graduated Driver Licensing and Drinking among
Young Drivers, April 30, 2004.
10. Faces & Voices of Recovery. “Poll finds alcohol and drug addiction has impacted the lives of 63 percent of
Americans.” May 14, 2004.
11. Substance Abuse and Mental Health Services Administration. Results from the 2002 National Survey on Drug Use
and Health: National Findings, 2003.
12. Substance Abuse and Mental Health Services Administration. The Costs and Effects of Parity for Mental Health and
Substance Abuse Insurance Benefits, 1998.
13. National Institute on Drug Abuse. Principles of Drug Addiction Treatment: A Research-Based Guide, 1999.
14. Join Together. Ending Discrimination Against People with Alcohol and Drug Problems: Recommendations from a
National Policy Panel, 2003.
15. U.S. Preventive Services Task Force. “Screening and behavioral counseling interventions in primary care to reduce
alcohol misuse: recommendation statement.” Annals Internal Med 140: 555-7, 2004.
16. Fleming MF, Mundt MP, French MT, Manwell LB, Stauffacher EA, and Barry KL. “Brief physician advice for problem
drinkers: long-term efficacy and benefit-cost analysis.” Alcohol Clinical Experience Research 26(1): 36-43, 2002.
17. National Center on Addiction and Substance Abuse. Missed Opportunity: National Survey of Primary Care
Physicians and Patients on Substance Abuse, 2000.
18. Institute of Medicine. Crossing the Quality Chasm. National Academies Press, 2001.
19. Join Together. Rewarding Results: Improving the Quality of Treatment for People with Alcohol and Drug Problems—
Recommendations from a National Policy Panel, 2003.
20. Substance Abuse and Mental Health Services Administration. National Treatment Improvement Evaluation Study, 1997.
21. Caulkins JP, Rydell CP, Schwabe W, and Chiesa JR. Mandatory Minimum Drug Sentences: Throwing Away the Key or
Taxpayers’ Money? The RAND Corporation, 1997.
22. National Institute on Drug Abuse. Preventing Drug Use Among Children and Adolescents: A Research-Based
Guide, 2003.
23. Join Together. Promising Strategies: Results of the Fourth National Survey on Community Efforts to Reduce
Substance Abuse and Gun Violence, 1999.

sábado, 8 de setembro de 2007

A Prevenção Continua Depois do Nascimento


Sabemos que se uma mãe consumir substancias alteradoras do humor durante o período da gravidez afecta o seu filho/a. Defeitos e deformações de nascença podem ser atribuídas ao uso de álcool e outras drogas pelos pais antes e durante a gravidez. O Dr. Carlton Fredericks diz” “Inúmeras drogas atravessam a barreira da placenta e muitas delas podem ser prejudiciais.”

Segundo o manual Merck: Saúde para a Família “A maioria das mulheres grávidas faz uso de algum tipo de droga (medicamento ou drogas lícitas ou ilícitas). O Centers for Disease Control and Prevention e a Organização Mundial da Saúde estimam que mais de 90% das mulheres grávidas fazem uso de medicamentos controlados ou de venda livre, drogas sociais (por ex., tabaco e álcool) ou drogas ilícitas.
Os medicamentos e as drogas são responsáveis por 2 a 3% de todos os defeitos congénitos. A maioria dos outros defeitos congénitos tem causa hereditária, ambiental ou desconhecida. As drogas passam da mãe para o feto sobretudo basicamente através da placenta, a mesma via utilizada percorrida pelos nutrientes para o crescimento e desenvolvimento do feto.
Na placenta, as drogas e os nutrientes presentes no sangue da mãe atravessam uma membrana fina, a qual separa o sangue da mãe do sangue do feto. As drogas que uma mulher utiliza durante a gravidez podem afectar o feto de várias maneiras: • Actuando directamente sobre o feto, causando lesão, desenvolvimento anormal ou morte • Alterando a função da placenta, geralmente contraindo os vasos sanguíneos e reduzindo a troca de oxigénio e nutrientes entre o feto e a mãe • Causando contracção forçada da musculatura uterina, lesando indirectamente o feto através da redução de seu suprimento sanguíneo.

Como as Drogas Atravessam a Placenta
Na placenta, o sangue materno passa pelo espaço (espaço interviloso) que envolve os vilos (projecções diminutas) que contêm os vasos sanguíneos do feto. O sangue materno que se encontra no espaço interviloso é separado do sangue do feto que se encontra nos vilos pela membrana placentária (uma membrana fina). As drogas presentes no sangue da mãe podem atravessar essa membrana, passando para os vasos sanguíneos dos vilos e passam através do cordão umbilical até o feto”

Relato de uma mãe
“Pouco depois dos meus filhos nascerem, comecei a medica-los com todo o tipo de drogas. Eu era, no verdadeiro sentido da palavra, uma instigadora da droga. Dava aos meus filhos fenobarbital para as cólicas, medicamentos para os problemas de dentição, aspirina efervescente para a febre, descongestionantes paras as constipações e xaropes para a tosse. Os meus filhos cresceram sabendo que quando tivessem uma dor de cabeça, uma dor de barriga, tosse ou febre, eu tentaria resolver o problema com uma droga qualquer.

Durante esse tempo, os meus filhos também me viram comprar, regularmente, medicamentos com e sem receita medica. Passei-lhes uma mensagem muito clara; se sentirem mal, física ou emocionalmente, tomem um medicamento. Sentir-se-ão melhor. Achava que estava a fazer coisa certa, pensei que estava a ajudar. Agora sei que muitos dos medicamentos que dei aos filhos continham cafeína ou álcool – eram produtos químicos alteradores do comportamento!
Existem medicamentos que não contem álcool nem cafeína. Como todos os anos são lançados no mercado, medicamentos novos, e cada criança pode reagir de maneira diferente a cada droga, os pais devem consultar o seu medico antes de medicar os seus filhos.

Dar atenção antes de medicar
Não devemos medicar imediatamente os nossos filhos. Quando eles se queixam de uma dor física ou emocional, passe algum tempo com eles antes de se dirigir ao armário dos medicamentos, dê-lhes atenção antes de os medicar. Se tiverem dores de cabeça ou febre, aconselhamos que os deite num local sossegado e lhes ponha uma toalha fresca sobre a testa. Dê-lhes agua ou sumo. Enquanto esta sentada com eles faça algumas perguntas sobre o que passa na vida deles.
Quando os meus filhos se queixavam de dores físicas, estas estavam muitas vezes ligadas a determinada crise nas suas vidas. Tinham problemas com os amigos, com a escola, com os professores ou comigo. Descobri que a dor emocional das crianças pode transformar-se em dor física por causa da dificuldade que eles têm em exprimir os seus pensamentos e sentimentos.
Se o seu filho continuar a queixar-se depois destes cuidados, consulte um medico. nunca medique por iniciativa própria, pois isso pode disfarçar sintomas de um problema de saúde grave.
Sugerimos as seguintes normas em relação a medicamentos:

Pergunte ao seu medico como tratar o seu filho sem usar medicamentos; pergunte o que pode fazer a respeito de dietas, vaporizadores, massagens, etc.

Não deixe de informar o medico de todos os medicamentos que o seu filho estiver a tomar na altura. Alguns medicamentos podem ser perigosos quando tomados juntamente com outros.

Não dê ao seu filho medicamentos receitados por outra pessoa.

Procure uma farmácia de confiança para aviar os medicamentos.

Faça perguntas sobre o medicamento receitado. Pergunte como deve ser tomado (a que horas, com ou sem alimentos) durante quanto tempo e se produz efeitos secundários.

Siga com rigor as doses prescritas.

Se o seu medico receitar ao seu filho um medicamento que possa alterar o comportamento ou causar dependência, peça-lhe que mude a medicação, se possível. Se o medico se recusar fazê-lo, procure uma segunda opinião.

Os pais de jovens em recuperação da dependência de drogas devem estar especialmente alerta em relação aos medicamentos que os seus filhos estão a tomar. Medicamentos receitados que possam alterar o comportamento podem levar a uma recaída.

A prevenção inclui evitar outras substancias químicas que alterem o comportamento.
A cafeína e a nicotina, embora não sejam geralmente considerados como tal, são alteradoras do comportamento. Agem como estimulantes dos sistema nervoso central e alteram as funções químicas do organismo. Adultos e pais que usem nicotina ou cafeína podem sentir ansiedade, comportamento hiperactivo e ou outras alterações emocionais.

Visitamos uma família na Geórgia, EUA, cujo filho de uma ano andou toda a noite com um biberão na mão, cheio de Coca-Cola com cafeína. A criança corria pela sala, puxava pela roupa da mãe, gritava para chamar a atenção, atirava brinquedos e jornais pelo ar e batia nos moveis como biberão.
A mãe virou-se para nós e disse:
- Já não sei o que fazer com ele, porta-se cada vez pior, e ultimamente não dorme.

Perguntamos-lhe:
- Não acha que a cafeína na Coca-Cola pode estar a causar-lhe esta hiperactividade?
A mãe respondeu imediatamente, quase em pânico:
- Não, não pode ser isso!
A sua reacção era compreensível. Se ela reconhecesse que era a cafeína na Coca-Cola do filho que causava o seu comportamento hiperactivo, teria de retirar a Coca-Cola, e isso causaria toda uma serie de problemas.

A cafeína e a nicotina causam dependencia. Estudos recentes mostram que as pessoas que deixam de usar estas substancias apresentam sintomas de abstinência psicológicos e físicos; incluindo dores de cabeça, tonturas, fadiga, náuseas, irritabilidade e ânsias. Vários adolescentes disseram-nos que bebiam seis ou mais latas de Coca-Cola por dia. Cada lata de três decilitros e meio contém de trinta e dois a trinta e oito miligramas de cafeína. Para muitos destes adolescentes, esta quantidade de cafeína era o principio da dependência a produtos químicos alteradores do comportamento.


O açúcar pode ser uma substancia alteradora do comportamento.
Ouvimos por todo o país opiniões controversas sobre os efeitos dos alimentos dos aditivos, conservastes e outras substancias adicionadas aos alimentos. Há uma substancia , porém sobre a qual muitos concordam que causa um vasto leque de problemas, particularmente entre os nossos filhos. Essa substancia é o açúcar.
Seguem-se excertos de uma artigo publicado no jornal Dallas Times Herald. Este artigo reflecte as crenças e as opiniões de muitos pais e profissionais com quem falamos.

“Escola faz uma estudo importante sobre os efeitos do açúcar
Um rapaz do nono ano tinha excesso de peso, problemas de comportamento nas aulas e mau aproveitamento escolar.
Numa reunião com os pais, o director começou a fazer perguntas sobre a sua alimentação. Quando lhe disseram que comia muitos doces, o director , calmamente, chamou a atenção para o facto de que a alimentação de uma criança pode afectar o seu comportamento.
O açúcar, em especial pode contribuir para um comportamento hiperactivo e graves alterações de humor."
Alexander Schauss, director do Instituto Americano de pesquisa Biossocial acredita que muitos adolescentes e pre-adolescentes viram-se para a droga e para o álcool para se sentirem melhor, visto a sua alimentação deficiente os fazer sentir mal.
“Quando uma quantidade de açúcar nos refrigerantes e adicionada aos cereais adocicados, aos rebuçados, ao açúcar do ketchup, dos alimentos enlatados e processados, é normal as crianças consumirem o equivalente a cinquenta ou noventa colheres de açúcar por dia.
Isto faz com que o nível do sangue suba e desça, á medida que o organismo tenta queimar o excesso de sangue. Estas “subidas e descidas” podem causar alterações de comportamento, de uma sensação de euforia para uma sensação de cansaço e depressão."
“E uma realidade cientificamente conhecida que os hidratos de carbono, tais como o açúcar refinado, esgotam o nível de vitamina B-1, uma vitamina essencial para manter a integridade do sistema nervoso central” diz Schauss.
“Não é de admirar que uma alimentação altamente rica em hidratos de carbono propicie agressão, hostilidade, irritabilidade, incapacidade de controlar as emoções e a violência”.

“Os Nosso Filhos Livres da Droga” de William Perkins e Nancy Perkins